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segunda-feira, 6 de fevereiro de 2012

Bahia: Exército cerca policiais grevistas na Assembleia

Greve da PM na Bahia

Cerca de 600 homens do Exército cercam a Assembleia Legislativa da Bahia para garantir que a Polícia Federal cumpra os 11 mandados de prisão contra policiais militares grevistas que ocupam a Casa desde a semana passada.

A Justiça decretou a ilegalidade do movimento e expediu 12 mandados de prisão. O primeiro foi cumprido na madrugada de domingo 5. O policial Alvin Silva foi preso e encaminhado para a Polícia do Exército sob a acusação de formação de quadrilha e roubo de patrimônio público (viaturas). Além disso, o policial vai passar por um processo administrativo na própria corporação.

O pedido para a desocupação do prédio foi feito no domingo à tarde pelo presidente da Casa, deputado Marcelo Nilo. O secretário de Segurança, Maurício Barbosa, e o comandante-geral da PM, coronel Alfredo Castro, acompanham a operação.

O estado conta com o apoio de mais de 2,5 mil homens das Forças Armadas e da Força Nacional no patrulhamento de Salvador, Feira de Santana, Barreiras e Paulo Afonso. O grupo conta também com quatro veículos de combate Urutu, que já circulam por Salvador.
 
Os policiais militares da Bahia estão em greve desde a última quarta-feira 1º.

Número de homicídios chega a 87 no estado

Desde o início da greve da Polícia Militar na Bahia na terça-feira 31, 87 pessoas foram assassinadas no estado, segundo dados atualizados do site da Secretaria de Segurança Pública estadual. A grande maioria dos crimes, no entanto, ocorreu na região metropolitana de Salvador.

Além das mortes, no mesmo período foram registradas 41 tentativas de assassinato.

O dia mais violento foi a sexta-feira 3, com 32 homicídios e 16 tentativas de assassinato. Na quarta-feira 1, foram registrados sete homicídios, na quinta-feira, 14, no sábado, 17, e no domingo, até o momento, 18 mortes.

Segundo o governo baiano, os 12 mandados de prisão expedidos pela Justiça contra policiais e participantes da greve, considerada ilegal, começaram a ser executados no estado. A primeira prisão ocorreu na madrugada deste domingo 5.

Alvin dos Santos Silva, policial militar lotado na Companhia de Policiamento de Proteção Ambiental (COPPA), foi detido sob a acusação de formação de quadrilha e roubo de viaturas.

No sábado 4, o governador Jacques Wagner (PT) afirmou que não vai conceder a reivindicação de anistia para os policiais que participaram do movimento, apresentada na pauta das associações da PM baiana. “Ultrapassar a democracia com a violação da lei, comigo não tem acordo.”

Carta Capital


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